Finalmente havia conseguido realizar o meu sonho, estava em Paris. Cheguei no dia anterior e fiquei naquela tensão de olhar as malas e depois de ver um taxi para me levar ao apartamento que havia alugado que ficava em Saint Germain local perto da Torre Eiffel, região cheia de bistrôs, super chic e claro que tinha que estar com o metrô perto para poder me locomover.
A localização do apartamento era excelente, na rua Mazarine, a a 100 metros da Place Odeon. – ficava no quinto andar num prédio com elevador , era de quarto e sala, com uma varandinha com vista para os tetos de Paris. Cozinha toda equipada e banheiro com uma belo chuveiro. Estava tão cansada que tomei um banho e deitei na cama e apaguei direto até o dia seguinte. Fiquei assustada pensando que já era tarde , mas não , ainda eram 8:30 hs da manhã e corri para me arrumar e aproveitar o dia para conhecer Paris – ir até a Torre Eiffel - e agora estava lá cara a cara olhando para ela e até me dava uns beliscões para ter certeza que estava ali mesmo, vendo aquilo tudo de perto com meus próprios olhos.
Há dois mêses atrás estava em luta com meus pais para conseguir que deixassem eu vir Estudar Moda em Paris – no Institut Français de la Mode – e eles não queriam . Tinha conseguido uma bolsa de estudos de cinquenta por cento – e tinha feito a inscrição sem falar com eles e havia conquistado a bolsa. Deviam estar orgulhosos da filha e me darem a maior força para eu ir. Claro que o resto da bolsa e meu sustento dependia da ajuda deles e pretendia, também, arranjar um emprego para ajudar nas despesas.
Foi uma luta para conseguir porquer eles estavam irredutíveis em deixar eu ir. Fui firme e disse que iria de qualquer maneira – juntando a minha mesada, o que tinha guardado na poupança que já dava para chegar lá e depois eu ia ver como fazer – tentar ficar num albergue até conseguir uma lugar para morar e, com o visto de estudante, rapidinho conseguiria um emprego. Tentavam me mostrar de diversas formas que não era tão fácil assim que não conseguiria me manter , mas finquei pé e disse: - Já tomei minha decisão, e não a mudarei – vou e ponto final.
Comprei a passagem e fui tratando de tudo sózinha e quando viram que já estava chegando perto de eu viajar – aí sim começaram a amolecer e a me apoiar e v er o que mais iria precisar e também cuidaram do aluguel do apartamento. Agora me sentia feliz por completo, havia vencido a batalha e o melhor é saber que meus pais estavam do meu lado.
Bem isso tudo já era coisa do passado e o que importava é que estava ali, sózinha embaixo da Torre Eiffel admirando aquele espetáculo – A grande dama parisiense – na tão sonhada Cidade Luz. Estava sózinha, mas não me importava porque sabia que estava iniciando uma vida nova e que mais um pouco estaria cheia de amigos jogando conversa fora, rindo à toa e cada um contando suas aventuras. Encontraria tantas pessoas , rapazes bonitos que a fariam conhecer o amor em Paris .
Com o passar do tempo estaria se formando em Moda e, quem sabe, estaria entrando no mundo fashion e correndo aquelas passarelas com os mais belos modelos de sua criação.
Afinal Paris é a eterna Capital do Amor que tem um romantismo que não se desgasta com o passar dos anos - é o recanto dos sonhos, do amor à primeira vista , das grandes paixões – e tudo isso é tão verdade quanto o fato de eu estar aqui acreditando na paixão pelo meu sonho de estudar em Paris.
Rene Santos
19a. Edição Visual
18a. Edição Conto /História
(imagens e pesquisas retiradas da NET)
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